Um novo material pode transformar as velocidades dos chips de hoje em brincadeira de criança. O MIT
(Massachusetts Institute of Technology) está pesquisando chips produzidos com Graphene, um tipo de carbono puro, descoberto em 2004.
O microchip de Graphene, produzido no MIT
O material consegue operar em velocidades muito mais altas do que os atuais chips de silício, e poderiam ser usados em diversos materiais eletrônicos, como celulares e computadores.
O chip com Graphene é conhecido como multiplicador de frequências (frequency multiplier). Isso significa que o chip pode receber um sinal de certa frequência – como o clock do computador que determina a velocidade do processador – e produzir um sinal que é múltiplo dessa frequência. No experimento testado pelo MIT, a velocidade é dobrada.
Segundo o instituto, os multiplicadores de frequência são muito usados em aparelhos eletrônicos atuais. Porém, hoje são necessários muitos componentes para isso, que emitem sinais muito difusos. Com isso, é necessário filtrar esses sinais, o que consome muita energia.
O chip feito de Graphene é feito de apenas um transistor e produz de maneira mais eficiente um sinal limpo, que não precisa de filtros para ser corretamente captado.
Com essa tecnologia, seria possível levar os chips a uma velocidade de 500 a 1.000 GHz de potência. Para se ter uma idéia de como esse avanço é grande, os processadores Intel i7, ainda caros por serem lançamentos, tem capacidade de 3.2 GHz (embora sejam quadriprocessados, o que aumenta a capacidade efetiva).
Para Tomás Palacios, professor assistente do MIT e um dos participantes mais importantes do projeto, será necessário mais um ou dois anos até que a tecnologia esteja pronta para uso comercial. Os pesquisadores ainda estudam qual o melhor jeito de se aproveitar a capacidade desse novo material.