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domingo, 2 de novembro de 2008

Celular pode substituir dinheiro

TÓQUIO - Os celulares já estão tão incorporados à vida da sociedade que está sendo discutido o uso dos aparelhos como uma forma de pagamento. O negócio, que pode ser potencialmente lucrativo, está à espera de um acordo entre bancos e operadoras de telefonia móvel sobre seus respectivos papéis no sistema e sobre a divisão das possíveis receitas.

Em testes feitos no mundo todo, os consumidores apresentaram facilidade ao substituir dinheiro, cartão e cheque pelo celular. A nova tecnologia permite usar o aparelho para pagamentos por meio de sensores instalados em lojas ou sistemas de transporte público.

Tóquio

As pessoas poderão pagar com o celular simplesmente passando o aparelho diante de um sensor, e em alguns casos digitando uma senha no teclado do celular – como muitos usuários do sistemas de transporte de Tóquio e Londres já fazem.

Na quinta-feira, a maior administradora mundial de cartões de pagamento, a Mastercard, apresentou um serviço para bancos que permite aos estabelecimentos instalar cartões de pagamento nos celulares de seus clientes. De maneira muito mais fácil do que se esperava, o serviço pode romper o impasse que vem dificultando a decolagem do mercado.

– Estamos conversando com bancos sérios. E não estamos discutindo sobre testes, mas sim sobre o lançamento comercial do serviço – disse James Anderson, vice-presidente da divisão móvel da Mastercard.

Anderson disse que, nos próximos dois anos, espera ver atividade substancial por parte dos bancos de varejo, cujos planos para desenvolver serviços de pagamento com celulares parecem ter sido pouco afetados pela crise financeira.

Divisão

Mas deve demorar pelo menos até 2010 para que os celulares equipados com essa tecnologia estejam amplamente disponíveis. E também para o setor financeiro e as operadoras de telecomunicações chegarem a um acordo quanto à divisão de receitas e funções.

– O setor financeiro tradicional foi ao encontro do setor de telecomunicações adotando sistemas móveis; agora, as operadoras de telecomunicações querem fazer parte dessa cadeia. As negociações estão bem adiantadas – declarou Gerhard Romen, diretor de alianças estratégicas e parcerias na Nokia. – Agora estamos como nas Olimpíadas: todo mundo posicionado para a largada e esperando ansiosos.

(Jornal do Brasil)

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