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domingo, 30 de novembro de 2008

Irlandês colocará capitalismo à prova vivendo um ano sem dinheiro



Londres, 29 nov (EFE).- Mark Boyle é um economista irlandês de 29 anos que quer mostrar que os princípios que regem o capitalismo estão errados e que não é necessário gastar nenhuma libra para se viver com dignidade.Boyle tentará, a partir de hoje e durante pelo menos um ano, viver em um trailer em Bristol, no oeste da Inglaterra, com um fogão a lenha, um chuveiro com painel solar, uma bicicleta e um buraco no chão como banheiro.

Em entrevista à Agência Efe antes de iniciar o desafio, o irlandês também disse que comer não será um problema, já "que a sociedade joga tanta comida no lixo que basta se aproximar de caçambas de supermercados para se alimentar".

"E se me cansar de fuçar as caçambas, há lançamentos de livros e inaugurações de exposições de arte suficientes para poder encher a barriga com canapés e bebida de graça", declarou o empresário, que faz parte da ONG Freeconomy, que promove a troca e a eliminação do dinheiro como estilo de vida.

O desafio do economista começa coincidindo com o Buy Nothing Day (Dia de Não Comprar Nada), celebrado no mundo todo para chamar a atenção para os excessos da sociedade de consumo em um mundo no qual milhares de pessoas morrem de fome todos os dias.

Boyle também vai plantar alimentos para "apreciar o valor real do que come": "Principalmente batatas, como um bom irlandês".

"As sociedades ocidentais jogam fora um terço da comida que consomem. Se as pessoas produzissem seu próprio alimento, teriam muito mais cuidado. O mesmo acontece com a água, se nós é que tivéssemos que mantê-la limpa, não a sujaríamos", disse.

O problema verdadeiro "é que esta sociedade nos deixou completamente insensíveis sobre o que representa consumir": "Não respeitamos em absoluto a energia gasta nas coisas que compramos, portanto não temos nenhum problema em desprezá-las".

O único medo de Boyle em seu objetivo de passar 365 dias sem tocar em uma moeda são os imprevistos: uma doença, uma lesão ou algum problema com sua família, que vive em Donegal, no norte da Irlanda.

O empresário ficará em contato com os parentes, já que não abrirá mão de seu telefone celular nem de seu computador portátil, embora só vá utilizá-los quando suas baterias, alimentadas por energia solar, permitirem.

Como meio de transporte, o irlandês vai usar uma velha bicicleta com um carrinho preso, com a qual não descarta "passar as férias de Natal com a família". "Só o mar fica no meu caminho", brincou.

Neste sábado, cerca de 400 pessoas foram apoiar Boyle no início do desafio, que o empresário disse que enfrentará "como uma questão de sobrevivência", já que viverá "sem saber" o que terá para "comer no dia seguinte".

Desta vez, o irlandês espera ter mais sucesso que em sua "aventura" anterior, quando tentou ir a pé e sem dinheiro até a Índia, sem, no entanto, passar de Calais (França), onde as dificuldades para se comunicar com os franceses o fizeram voltar para casa.

Um comentário:

Anônimo disse...

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